sexta-feira, 4 de setembro de 2009

O DESENVOLVIMENTO

      Foi apenas em 30 de maio de 1942 que foi lançado o primeiro foguete com capacidade para sair realmente da atmosfera: o V-2 alemão. Esse foguete foi desenvolvido por um aluno de Oberth: o alemão Werhner Von Braun. O foguete foi projetado para servir de arma na Segunda Guerra Mundial, e grande parte dos cientistas foram obrigados a trabalhar no projeto –inclusive Von Braun, que chegou a ser preso por estar fazendo pesquisas que se desviavam de fins militares, mas ele foi logo solto porque os alemães perceberam que ele era essencial ao projeto.


      O foguete chegou a ser usado na guerra, contra Londres e Paris, por exemplo, e apesar de ter matado milhares de pessoas não impediu a derrota dos alemães, pois ficou pronto muito tarde.

      Com o fim da guerra, a equipe de Von Braun foi para os Estados Unidos como priosioneira de guerra. Era isso ou ficarem na Alemanha e serem mortos, pois Hitler já havia ordenado a execução deles, para que a tecnologia dos V-2 não se espalhasse a outros países.

      Nos Estados Unidos a equipe foi obrigada a continuar o desenvolvimento dos V-2, o que fizeram. Eles então desenvolveram o Bumper, primeiro foguete de dois estágios a ser lançado (em 1948), que usava o V-2 como primeiro estágio.

      Enquanto isso, os russos trabalhavam no projeto de um ICBM (sigla pra míssel balístico intercontinental, em inglês), que chamaram de R-7. Ele era bem parecido com o V-2, pois os primeiros projetos russos eram baseados nos projetos alemães. Alguns chegavam a ser cópia, onde os engenheiros russos trocavam apenas o texto, deixando o desenho original alemão. Em 1957 os russos lançam com sucesso o R-7, primeiro míssel intercontinental da história.

      Os americanos, sabendo do trabalho dos russos, desenvolveram com urgência o seu ICBM: o Atlas, lançado cerca de quatro meses depois do R-7 russo.

      Esses dois foguetes resumem bem o ínicio da astronáutica: os foguetes eram desenvolvidos como armas, e depois usados como veículos lançadores, como os Atlas, R-7, Titan (americanos) e a série UR (Universal Rockets – foguetes universais) russa. Todos eles passaram a ser utilizados como foguetes lançadores, e são usados em lançamentos de naves e satélites até hoje, em versões melhoradas.

      Um fato curioso é que todos os foguetes, mesmo hoje em dia, seguem os mesmos padrões, sejam eles americanos, russos ou de outro país. Isso acontece porque os foguetes se desenvolveram do V-2 alemão, já que as pesquisas continuaram, com a mesma equipe, nos Estados Unidos, e já que os russos tinham bastante informações sobre o desenvolvimento científico alemão. Esses fatos fizeram com que atualmente os foguetes sejam bem parecidos entre si.

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