quarta-feira, 18 de novembro de 2009

ATUALIDADES

NASA confirma que há grandes quantidades de água na Lua.

A NASA anunciou que a água na Lua está mais espalhada e em maiores quantidades do que até agora se suspeitava.

      Existe água gelada em grandes quantidades no pólo sul da Lua, confirma a NASA. A agência espacial norte-americana analisou os últimos dados da missão que levou o satélite LCROSS a despenhar-se a grande velocidade na grande cratera Cabeus, no dia 9 de Outubro.

      Esta depressão localizada no pólo sul da Lua está permanentemente na sombra, numa região onde a temperatura nunca sobe acima dos 170 graus negativos. O violento impacto do LCROSS na Cabeus provocou um jacto de vapor de 1,6 km de altura equivalente a mais de cem litros de água.
      Antes de deixarem de funcionar, os sensores da nave (espectrómetros de infravermelhos e ultravioletas) detectaram vapor de água e gelo. "Não encontrámos apenas um pouco de água mas uma quantidade significativa", afirmou Anthony Colaprete, cientista chefe desta missão.
      Em todo o caso, Colaprete ressalvou que "a concentração e distribuição da água no solo lunar requer mais análises e a plena compreensão dos dados da LCROSS vai levar algum tempo".
      A nave Lunar Reconnaissance Orbiter, que acompanhou esta missão, vai aliás continuar em órbita à volta da Lua a fotografar e enviar dados sobre o impacto na cratera Cabeus.
      A primeira evidência de água gelada na Lua veio da missão norte-americana da nave Clementine, em 1994, que calculou que a área do nosso único satélite natural sempre à sombra no pólo sul devia atingir os 14 mil km2.
      Com os novos dados da nave Lunar Prospector, lançada em 1998, os cientistas da NASA estimaram que a quantidade de gelo no solo lunar se poderia situar entre um e três quilómetros cúbicos, com uma concentração de 900 gramas por tonelada de solo.
      Missões posteriores dos EUA, Europa, Japão e China analisaram também a presença de água na Lua. Mas foram os dados da nave indiana Chandrayaan-1 e da sua Moon Impact Probe, lançada sobre a cratera Shackleton no pólo sul da Lua em 14 de Novembro de 2008, que trouxeram mais novidades.
      Com efeito, esses dados foram analisados pela NASA, que confirmou a 25 de Setembro de 2009 a existência de água em vastas áreas da superfície da Lua, embora em concentrações reduzidas.
      A confirmação da presença de água na Lua em quantidades apreciáveis é fundamental para tornar viável, no futuro, a existência de uma ou mais bases permanentes no único satélite natural da Terra. A água poderia ser usada para consumo humano e para o fabrico de combustível.

TESTE DE MOTOR (NASA television)

quinta-feira, 12 de novembro de 2009


Foguete "Shuttle" sendo lançado (6 de Dezembro de 2006)

CRONOLOGIA DOS ACIDENTES

A seguir, uma cronologia de alguns acidentes espaciais importantes:


Outubro de 1960 - Noventa e uma pessoas morrem quando um foguete R-16 explode no centro espacial Baikonur, no Cazaquistão (União Soviética).

Janeiro de 1967 - Três astronautas dos EUA - Virgil Grissom, Roger Chaffee e Edward White - morrem em um incêndio a bordo da Apollo 1 durante simulação de lançamento no Cabo Canaveral.

Abril de 1967 - O cosmonauta soviético Vladimir Mikhailovich Komarov torna-se o primeiro homem a morrer no espaço. O pára-quedas de sua nave falhou no retorno e a nave caiu na Terra.

Junho de 1971 - Três cosmonautas soviéticos morrem durante a reentrada na atmosfera, após 24 dias em órbita em um laboratório espacial. Foi um recorde de permanência.

18 de março de 1980 - Cinco técnicos morrem no Cosmódromo Plesetsk, da Rússia, quando um foguete Vostok explodiu durante reabastecimento. O incidente apenas foi anunciado em 1989.

28 de janeiro de 1986 - Sete astronautas dos Estados Unidos, incluindo uma professora, morrem a bordo do ônibus espacial Challenger, 72 segundos após o lançamento do Cabo Canaveral.

18 de abril de 1986 - Um míssil Titan, provavelmente carregando um satélite militar, explode pouco depois do lançamento na Base da Força Aérea de Vandenberg, na Califórnia.

3 de maio de 1986 - Foguete Delta levando um satélite climático de 57 milhões de dólares explode pouco depois do lançamento, no Cabo Canaveral.

22 de fevereiro de 1990 - O 36o foguete Ariane, da Europa, levando dois satélites japoneses, explode menos de dois minutos após partir de Korou, na Guiana Francesa.

7 de setembro de 1990 - Parte de um foguete Titan, dos EUA, cai de um guindaste e explode na Base Edwards da Força Aérea, mandando chamas de 45 metros de altura ao ar e matando uma pessoa.

18 de junho de 1991 - Foguete Prospector de 15 metros de altura, com 10 experimentos científicos da Nasa e de universidades, é destruído após desviar-se de seu curso ao ser lançado do Cabo Canaveral.

2 de agosto de 1993 - Foguete Titan 4, provavelmente levando um caro satélite militar espião, explode após lançamento da Base Vandenberg da Força Aérea.

1o. de dezembro de 1994 - Foguete Ariane número 70, da Europa Ocidental, cai no Atlântico com o satélite de telecomunicações PanAmsat-3, de 150 milhões de dólares, após lançamento de Kourou, Guiana Francesa.

26 de janeiro de 1995 - Foguete Long March 2E, de projeto chinês, explode com um satélite de comunicações a bordo após lançamento de Xichang, no sudoeste da China.

23 de outubro de 1995 - Foguete Conestoga não tripulado, com 14 experimentos científicos, explode 45 segundos após o lançamento de uma instalação da Nasa na Virgínia.

15 de fevereiro de 1996 - Foguete levando um satélite de comunicações Intelsat 708 explode pouco após o lançamento em Xichang, na China.

20 de maio de 1996 - Foguete Soyuz-U levando um satélite de reconhecimento explode 49 segundos após o lançamento de Baikonur.

4 de junho de 1996 - Foguete europeu Ariane-5 explode 40 segundos após lançamento para seu vôo inaugural, a partir da Guiana Francesa.

20 de junho de 1996 - Foguete Soyuz-U explode após lançamento do campo de Plesetsk, com satélites de comunicação a bordo.

20 de maio de 1997 - Foguete russo Zenit-2 carregando um satélite militar Cosmos explode 48 segundos após lançamento.

12 de agosto de 1998 - Programa norte-americano de foguetes Titan é suspenso quando um Titan 4A explode pouco depois do lançamento. Foi um dos desastres mais caros. O custo do foguete e de sua carga de satélite militar foi estimado em mais de 1 bilhão de dólares.

27 de agosto de 1998 - Foguete Delta 3, com um satélite de comunicações, explode em uma bola de fogo de 225 milhões de dólares poucos depois do lançamento para seu vôo inaugural.

10 de setembro de 1998 - Falha de computador derruba um foguete ucraniano carregando 12 satélites comerciais, minutos após lançamento de Baikonur.

5 de julho de 1999 - Foguete russo Proton-K sofre problemas ao desvencilhar o motor e partes do propulsor e cai. Uma parte de 200 quilos caiu no quintal de uma casa particular. O campo de lançamento foi fechado temporariamente pelo Cazaquistão, que entrou em disputa com a Rússia por causa dos custos de limpeza e aluguel do local.

23 de setembro de 1999 - A nave da Nasa Mars Climate Orbiter, de 125 milhões de dólares, desintegra-se ao entrar na atmosfera de Marte por causa de confusões entre seus construtores sobre unidades métricas e inglesas.

28 de outubro de 1999 - Foguete russo Proton cai pouco após lançamento de Baikonur. Levava um satélite de comunicações.

3 de dezembro de 1999 - A sonda Mars Polar, da Nasa, perde contato com a Terra após chegar ao planeta vermelho. A missão custou 165 milhões de dólares.

15 de agosto de 2002 - Sonda Contour da Nasa, de 159 milhões de dólares, explode após deixar a atmosfera da Terra. A missão, iniciada em 3 de julho, tinha como objetivo chegar a cometas.

11 de dezembro de 2002 - Um foguete Ariane-5 da Agência Espacial Européia, que passara por melhorias, explode pouco depois do lançamento de Korou, na Guiana Francesa, destruindo dois satélites com valor estimado em 600 milhões de dólares no Oceano Atlântico.

1o. de fevereiro de 2003 - Ônibus espacial Columbia, carregando sete astronautas, incluindo o primeiro de Israel, desintegra-se sobre o Texas ao entrar na atmosfera, após missão de 16 dias


VÍDEO DE ALGUNS ACIDENTES INCRÍVEIS: 

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

terça-feira, 10 de novembro de 2009

O FUTURO

      O foguete convencional deverá passar por alguns avanços nos próximos anos, embora ainda deva ser o maior responsável, por muito tempo, pelo envio de astronautas e satélites artificiais ao espaço.


      A adoção de veículos reutilizáveis, como o Ônibus Espacial (em Portugal: Vaivém Espacial) da NASA, deve ampliar-se. Os Ônibus Espaciais decolam como um foguete convencional, mas pousam como aviões, graças a sua aerodinâmica especial.

      Um motor revolucionário, que pode fazer avançar a tecnologia astronáutica, é o motor Scramjet, capaz de atingir velocidades hipersônicas de até 15 vezes a velocidade do som. O motor Scramjet não possui partes móveis, e obtém a compressão necessária para a combustão pelo ar que entra pela frente, impulsionado pela própria velocidade do veículo no ar. A NASA testou com sucesso um motor deste tipo em 2004. O foguete, chamado X-43A, foi levado a altitude de 12000 m por um avião B-52, e lançado na ponta de um foguete Pegasus a altitude de 33000 m. Ele atingiu a velocidade recorde de 11000 km/h.

      Outra possibilidade de avanço na tecnologia de motores de foguetes é o uso de propulsão nuclear, em que um reator nuclear aquece um gás produzindo um jato que é usado para produzir empuxo. Ou ainda a idéia de construir um foguete em forma de vela, que é acelerado pelo vento solar, o que permitiria maior velocidade e viagens a distâncias maiores.

sábado, 7 de novembro de 2009

A ATUALIDADE

      Bem mais tarde, em 1981, chegaram os "Ônibus Espaciais", ou melhor, os STS (Sistema de Transporte Espacial). Eles surgiram da necessidade de veículos lançadores reutilizáveis, podendo assim economizar dinheiro nos lançamentos, já que não precisariam construir um novo foguete a cada lançamento. Apenas alguns tanques de combustível são inutilizados a cada lançamento. Apesar de surgir como uma boa idéia, os custos bem acima do previsto do projeto do STS tornaram ele uma dúvida. Então, em 1986, quando um deles (Challenger) explodiu matando seus sete tripulantes, a NASA decidiu repensar o projeto. Depois de cerca de três anos sem lançamentos e muitos testes, o Ônibus Espacial voou de novo, e está até hoje na ativa.


Lançamento do Columbia em 12 de Abril de 1981 - Missão STS-1



      Mesmo não sendo a alternativa mais barata em todos os casos de lançamento, ele foi responsável por colocar, continuamente e por cerca de vinte anos, americanos no espaço, dando experiência em vôos tripulados a eles. É o veículo americano utilizado para levar seus astronautas ao espaço, nas estações espaciais, por exemplo. Os russos usam ainda uma nave Soyuz, que deve ser lançada de um foguete.


      Apenas americanos e russos tem tecnologia para colocar um homem no espaço, mas outros países também tem indústrias astronáuticas que merecem respeito. Talvez as mais relevantes sejam a francesa, com seus foguetes lançadores Ariane, responsáveis por muitos lançamentos comerciais atualmente, e a chinesa, com seus foguetes Longa Marcha. Os chineses também tem um projeto de colocar um homem em órbita, e estão trabalhando bastante nisso atualmente. O Brasil tem uma participação modesta no desenvolvimento do seu Veículo Lançador de Satélites (VLS) .do Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE), do Centro Técnico Aeroespacial (CTA).

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

VÍDEO: SIMULAÇÃO DE AERODINÂMICA

AERODINÂMICA E ESTABILIDADE DO FOGUETE

      A principal característica de um foguete é sua estabilidade, que pode ser interpretada como capacidade de manter a trajetória projetada. A estabilidade de um foguete é influenciada pela posição relativa do centro de gravidade e do centro de pressão.


      Essa influência pode ser observada pelos diagramas de corpo livre da Figura 41 e nas trajetórias da Figura 42. O foguete instável, Figura 41, possui o centro de pressão, CP, mais próximo da ogiva do que o centro de gravidade, CG. Quando sofre uma força de arrasto lateral de qualquer amplitude gera um momento de forma a ampliar essa força, entrando em uma trajetória imprevisível de voltas, Figura 42. Quando o CG está no mesmo ponto do CP o comportamento é indiferente, o foguete adquire uma velocidade horizontal em resposta à força de arrasto lateral, mas não sofre nenhum momento. Não é considerada uma opção estável, pois o foguete sai da trajetória projetada. De acordo com a Figura 41 para que o foguete tenha estabilidade aerodinâmica e mantenha sua rota o centro de pressão deve estar atrás do centro de gravidade (CG mais próximo da ogiva). Assim, quando o foguete sofre um empuxo lateral gera um momento em torno do CG que direciona o foguete de forma a reagir ao empuxo lateral, com um momento gerado pelo arrasto, entrando em equilíbrio. Existe um limite para essa distância, onde o foguete se torna super estável e o momento gerado pelo empuxo lateral sobrepuja o momento do arrasto fazendo com que o foguete se vire na direção do vento, o ultimo caso da Figura 41.










sexta-feira, 16 de outubro de 2009

ZOOM IN


Por dentro de um foguete espacial